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domingo, 3 de fevereiro de 2013

NÃO HAVERÁ MULTA A MOTOCICLISTAS POR NOVA LEI NO FIM DE SEMANA


O diretor do DETRAN, José Alves Bezerra, afirmou que não vai multar os motociclistas do Distrito Federal com base nas novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) para o exercício da atividade durante este fim de semana. Ele também disse que vai estudar uma forma de começar a cobrar gradualmente a adequação da categoria à lei.

"Precisamos encontrar uma maneira de não deixar de cumprir as determinações, mas sem prejudicar os trabalhadores", afirmou. "Isso vai ser discutido em uma reunião com a diretoria do sindicato na segunda."

Na tarde desta sexta, os motociclistas fizeram um protesto na Esplanada dos Ministérios pedindo auxílio do governo para que eles se adequem às exigências. A resolução determina que eles tenham um curso de 30 horas e equipem o veículo com antena contra linha de pipa, protetor de perna, fitas refletivas na lateral e no baú do veículo. A moto também precisará ser emplacada com placa vermelha. Ainda será obrigatório para o motociclista usar colete.


O presidente do sindicato dos motociclistas profissionais, Reivaldo Alves, afirmou que os manifestantes exigem que o governo do Distrito Federal ceda 10 mil coletes para os profissionais do setor e isenção do IPVA para a categoria.

Alves disse que a categoria também pretende conseguir vagas em cursos que regulamentem a situação dos trabalhadores. De acordo com ele, o custo é de aproximadamente R$ 1,2 mil por motociclista.

"O governo cria uma regra, mas não cria mecanismos para que a gente se adeque. Nosso salário é baixo e não temos condição de pagar esses cursos."

O motociclista Frederico Viana Ferreira, de 22 anos, conta que roda pelo menos 250 quilômetros por dia para atender às necessidades da gráfica onde trabalha. Segundo ele, a validação da lei que regulamenta a profissão vai impedi-lo de continuar com o serviço.

"Depois dessa lei, não tem como ter lucro não. Ela não favorece o profissional. Só Deus sabe como vai ser minha vida depois", afirma. Ferreira disse não ter dinheiro para de adequar à norma. "Depende da empresa, que diz não ter como me ajudar."

Ele disse que pegou empréstimo para pagar a moto de R$ 3,5 mil. Ele trabalha há quatro meses. O salário dele é de R$ 720, mais benefícios e o aluguel da moto.

A paralisação teve reflexos no trânsito da cidade na hora da volta para casa. Os cerca de 3 mil motociclistas que participaram do protesto ocuparam todas as faixas do Eixo Monumental na Esplanada dos Ministérios e seguiram para o Palácio do Buriti, sede do governo do DF. A manifestação acabou por volta das 19h.

Fonte: G1 - O Portal de Notícias da Globo

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